São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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"Aída" chega ao Palmeiras

LUÍS ANTÔNIO GIRON

Uma montagem predominantemente búlgara da ópera "Aída", do compositor italiano Giuseppe Verdi, acontece neste sábado, 25, no estádio do Palmeiras. O diretor Cecil B. Mille (de "Os Dez Mandamentos") ficaria com inveja. A representação envolverá 750 pessoas, entre bailarinos (70), figurantes (403) e músicos (70). O espetáculo seguirá a versão monumental da estréia, realizada ao ar livre no Cairo (Egito) em 1871. Os seis papéis de ponta serão feitos por cantores da Ópera Nacional da Bulgária: a soprano Maria Beltcheva (Aída), o tenor Ruman Doykov (Radamés), a mezzo Stefka Mineva (Amnéris), o barítono Stoyan Popov (Amonastro) e os baixos Stefan Elenkov (faraó) e Dimiter Stantchev (sacerdote). Vozes búlgaras se notabilizam pela potência que exibem a céu aberto. A Ópera da Bulgária também fornece os figurinos do evento. Cenários e adereços ficam por conta do Teatro de Ópera de Roma, que empresta material utilizado em apresentações nas Termas de Caracalla. A direção musical é do maestro Júlio Medaglia. O Brasil não tem tradição em ópera ao ar livre. Mas as poucas tentativas se revelaram exitosas. "Aída" foi feita para triunfar num estádio. Basta que a equipe de produção resolva o problema da acústica. O estádio do Palmeiras tem fama de dispersar o som amplificado. Vamos torcer.
Aída. De Giuseppe Verdi, com a Ópera Nacional da Bulgária. Estádio do Palmeiras. Rua Turiassu, 1.840, Água Branca, zona oeste. Tel. 263-6344. Sábado, 25: 21h. Ingressos: R$ 20 (arquibancada) a R$ 160 (cadeira no gramado)

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