São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Burocracia dificulta a abertura de importadora

CLÁUDIA PIRES
DA REPORTAGEM LOCAL

Montar uma empresa de importação ainda é um processo com muitos entraves burocráticos.
Para atuar nessa área, o negócio tem que ser registrado no mínimo como pequena empresa mercantil (ver quadro ao lado). Microempresas são proibidas por lei de trabalhar com importação.
Depois de registrar a empresa, o proprietário deve providenciar um registro de importação, emitido pela Secretaria de Comércio Exterior através do Banco do Brasil.
A mercadoria poderá ser paga à vista ou a prazo através de cobrança ou carta de crédito. O pagamento também pode ser antecipado.
Segundo o professor do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) Luis Carlos Perez Cabido, 28, a carta de pagamento é a maneira mais segura.
Para Cabido, é importante levar em conta o valor da importação, pois a emissão da carta custa de US$ 300 a US$ 500. As cobranças são feitas por bancos que tenham agências no país do exportador.
O pagamento antecipado é o mais barato —taxas para remessa de dinheiro estão em torno de US$ 80. "Mas nesse caso os riscos de não receber a mercadoria são muito grandes", diz Cabido.
Outro cuidado a ser tomado é a contratação de um despachante aduaneiro para que a carga seja liberada o mais rápido possível.
Segundo os empresários do setor, um dos problemas enfrentados pelas novas importadoras é a falta de contato com fornecedores no mercado internacional. Alguns resolveram o problema participando de feiras nos EUA e Europa.
Para quem realiza a maioria dos seus negócios no Mercosul a situação é bem melhor. Desde o início deste ano, cerca de 80% dos produtos negociados entre os países membros (Brasil, Argentina e Uruguai) têm tarifas comuns.

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