São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Japoneses querem repetir o sucesso das motos Harley

JOTA SANTANA
DA REPORTAGEM LOCAL

As motos "chopper" (tipo a americana Harley-Davidson) sempre foram objeto de desejo e sonho dos amantes de duas rodas.
Confiantes nesse segmento, os fabricantes têm apostado firme. A própria Harley que, em 94 fabricou 95 mil unidades, planeja elevar sua produção para 125 mil.
Mas quem vem com tudo nesse mercado são os japoneses. A Yamaha, que produz a linha Virago (bem parecida com a Harley), pretende importar este ano só para o Brasil 679 motos.
O plano da Yamaha inclui também um novo modelo da linha Virago, a versão 250 cc, que deve chegar por aqui em abril.
As também japonesas Honda, Kawasaki e Suzuki também investem nesse tipo de motocicleta.
As "choppers" são máquinas possantes, com posição de pilotagem confortável e motores cheios de torque (força).
Uma das características técnicas é o motor de dois cilindros em V, que aumenta o torque. Visualmente se destacam no excesso de cromados, guidão alto e pedaleiras avançadas, motor sem carenagem e banco de dois estágios.
As motos Harley-Davidson, única marca genuinamente norte-americana, representam um estilo, onde onde liberdade e emoção são os principais ingredientes.
O filme "Sem Destino" ("Easy Rider") é a sua melhor tradução. Ter uma Harley é sinônimo de disposição incomum para a aventura —como no filme com Peter Fonda e Dennis Hopper.
A imagem de rebeldia, que sempre foi associada à motocicleta desde que Marlon Brando pilotou uma em "O Selvagem", tornou-se num símbolo de contestação dos herdeiros de Woodstock.
A imagem da Harley é intrinsecamente estradeira. É um estilo que combina mais com chapéu de vaqueiro do que com capacete e macacão de couro.
"Harleyro" também usa couro, mas em botas, calças e jaquetas pretas, justas e brilhantes. Pulseiras, bandanas, muitas tatuagens e grandes anéis completam o traje.

Colaborou JOTA SANTANA, free-lance para a Folha

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