São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Modelo C 280 é luxuoso, mas conservador

DA REPORTAGEM LOCAL

Luxo e exclusividade por US$ 62,4 mil. Veículos testou o Mercedes-Benz C 280, um dos modelos mais vendidos pela marca alemã no Brasil.
Só no mês passado, do total de 255 automóveis comercializados, 198 foram da série C, que inclui a versão 280 (com motor 2.8) e a 180 (com motor 1.8, a mais barata da Mercedes, por US$ 44,4 mil).
O estilo do C 280 é um pouco conservador. Para quem não está habituado, fica difícil diferenciar se é das atuais séries C, E ou S (veja texto na capa deste caderno).
No teste, o C 280, com motor de 193 cv, apresentou alguns números tímidos, como a aceleração de 0 a 100 km/h em 10,4 s.
Foi mais lento do que o BMW 318i Compact, testado por Veículos em outubro, que registrou 9,38 s com um motor 1.8 de 140 cv.
Mas o C 280 impressiona em retomadas, fazendo de 40 km/h a 100 km/h em somente 8,2 s, mesmo com o câmbio automático (que melhora esse tipo de medição).
O forte do carro é acabamento e equipamentos de bordo. Nos menores detalhes pode-se observar cuidado e qualidade de construção —predicativos típicos da marca.
O ar-condicionado digital, por exemplo, permite a escolha exata da temperatura interna para passageiro e motorista.
Os bancos têm ajuste elétrico que regulam o encosto de cabeça, a inclinação do encosto, a distância e a altura do assento. Tudo em um conjunto de botões facilmente visíveis na lateral interna da porta.
Até a cortina de sol do vidro traseiro é controlada eletricamente. Tudo para o máximo conforto.
O espaço interno também é um ponto alto. Na frente, há lugar suficiente para pernas. Na parte de trás, os passageiros mais altos não sofrem com a altura do teto.
Mas em viagens longas a posição de dirigir é afetada pela posição do pedal do acelerador —muito em pé—, o que às vezes chega a cansar o piloto.
Apesar do apelo do modelo não ser o mesmo de um esportivo, sua estabilidade em curvas permite uma condução mais agressiva.
O consumo também não é dos melhores. Para um motor de apenas 2.800 cm3, 6,3 km/litro não é uma média muito agradável.
O importado consume mais que a perua Suprema, por exemplo, com motor de 4.100 cm3, que em teste de Veículos em outubro conseguiu uma média de 7,0 km/litro.

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