São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995 |
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Falta de regulamentação atrapalha planos
CLÁUDIO CSILLAG; VANESSA DE SÁ
A opinião é compartilhada pelas entidades que representam os três principais tipos de planos —convênio médico, seguro-saúde e cooperativa médica (forma de convênio em que os médicos são cotistas e, portanto, co-proprietários do plano). Para Alexandre Lourenço, 61, presidente da Abramge - São Paulo (Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo - São Paulo), a ausência de legislação prejudica a imagem do planos perante a população. Isso ocorre porque permite a entrada de pessoas despreparadas no setor. "Entra gente que promete mais do que pode dar", afirma. Segundo ele, a Abramge já tomou medidas para compensar a falta de legislação. "Nós mesmos criamos uma auto-regulamentação", diz. Além disso, segundo Lourenço, a Abramge já propôs idéias de regulamentação ao governo. Não é só falta de leis que dificulta a compra de planos de saúde. "Há também muita desinformação sobre o setor", afirma Júlio Bierrembach, vice-presidente da Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização), entidade que agrupa os seguros-saúde. "Hoje se fala muito sobre planos de saúde, e muitas vezes as informações não procedem", diz Lourenço. Para ele, é importante que a população tenha acesso a informações objetivas. Na opinião de René Magrini, vice-presidente da Unimed de São Paulo, que representa neste suplemento a principal cooperativa médica do país, a Unimed, a população não gosta de pensar sobre planos de saúde. "O indivíduo desvia desse assunto, não gosta de ficar doente." Magrini acredita não só que o Estado deveria criar uma legislação específica para planos, mas também participar ativamente do setor de saúde privada. "Deveria estabelecer regras e participar financeiramente, junto com os planos e os usuários", diz. (CCs e VDSA) Texto Anterior: Saiba como comparar planos Próximo Texto: Saiba como usar o guia Índice |
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