São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 1995 |
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Amantes da natureza criam clube 'verde' Sócios precisam cumprir 'deveres' AURELIANO BIANCARELLI
No dia seguinte, telefonou para o Clube dos Amantes da Natureza comunicando que tinha finalmente cumprido o primeiro dos deveres como sócio. O gesto do desembargador, que mora em Jundiai, é apenas um dos relatos dos 6.783 sócios do clube fundado há quatro anos e ligado à revista "Natureza". O primeiro dos deveres dos associados é "tentar dar fuga a animais silvestres mantidos em cativeiro". "Só incentivamos atitudes assim quando se tem certeza que o animal solto tem condições de sobreviver", diz o jornalista Aydano Roriz, 46, fundador do clube. No caso da arara, não se tem muita certeza. A idéia do clube —segundo Roriz— é incentivar ações de preservação da natureza no cotidiano das pessoas. "Nada de ecochatos. O clube reúne gente que se preocupa com o meio ambiente mas prefere não participar de movimentos." Outro dever do associado é plantar pelo menos 12 árvores por ano, assim como ensinar as crianças e denunciar focos de incêndio, invasões de reservas e maus tratos a animais. Depois de um ano, o associado vai para o estágio "sênior" e recebe mais cinco deveres, como não usar agrotóxico e trocar detergente por sabão em pedra. "Ninguém fiscaliza ninguém. O dever é questão de foro íntimo", diz Roriz. O comerciante Antonio Baptista Povoação, 69, está há dois anos no clube. "Sempre planto novas espécies e protejo as helicônias do meu sítio na praia". CLUBE DOS AMANTES DA NATUREZA - 832-7317 Texto Anterior: Plantas exigem cuidado especial no outono Próximo Texto: Paisagistas têm projeto para avenida em Moema Índice |
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