São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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NA PONTA DA LÍNGUA

MARCELO LEITE

O leitor já terá notado que tenho implicância particular com erros, em especial os de português. Tento combatê-los com as armas da transparência, do rigor e, por que não, do humor.
No isolamento característico da função de ombudsman, em muitas ocasiões me senti falando sozinho. A não ser por aumentos intermitentes no número de Erramos, parecia que a insistência não iria surtir efeito mais prático do que piorar minha fama de detalhista.
Agora, sou informado de que a Redação está retomando uma campanha pelo didatismo iniciada em 1994, de ora em diante acrescida de um programa específico para combate aos erros. É o que se chama de boa notícia. A coordenação ficará por conta do secretário de Redação Bernardo Ajzenberg.
A idéia é fazer com que cada editoria (seção) do jornal crie o hábito de discutir internamente as duas questões, didatismo e erros. Para isso, serão mobilizados recursos variados, de aulas-relâmpago de português na própria editoria a painéis eletrônicos com um "placar de erros".
Terça-feira, por exemplo, torna-se obrigatório o uso do corretor ortográfico da rede de microcomputadores da Redação. Qualquer pessoa que tenha usado um corretor desses sabe que eles não são nenhuma Coca-Cola, mas permitem detectar a maioria dos erros de digitação e de ortografia (quase um terço dos erros do jornal, segundo levantamento recente).
Vou ficar de olho.

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