São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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Passado desafia trio brasileiro

MÁRIO MAGALHÃES

Barrichello, Moreno e Diniz tentam manter o Brasil no primeiro escalão da Fórmula 1
Em São Paulo
Depois de 11 temporadas em que se acostumaram a torcer por Ayrton Senna da Silva (1960-1994), os brasileiros este ano vão ter de se habituar com ambições bem mais modestas.
A primeira mudança é que raramente verão um brasileiro com chance de chegar ao pódio.
Com o tricampeão mundial Senna, ocorria o contrário: muitas vezes, até segundo lugar era considerado fracasso.
Agora, só um piloto —Rubens Barrichello— tem carro capaz de levar o país a uma das três primeiras colocações, e mesmo assim com muita dificuldade.
O Brasil chega a 1995 com três pilotos na F-1 —um veterano com chances remotas de marcar pontos, uma jovem promessa e uma renomada incógnita.
O veterano é Roberto Moreno, 36, contratado pela Forti Corse mais como professor do piloto mais jovem da equipe do que como real competidor.
Rubens Barrichello, 22, é a promessa, ainda distante, de sucessor de Ayrton Senna, morto em 1994.
A incógnita atende pelo nome de Pedro Paulo Diniz. Aos 24 anos, ele estréia na F-1 como primeiro piloto da Forti Corse.
Vítima da inexperiência da equipe, foi desclassificado no primeiro treino oficial, na sexta-feira, por dar 13 voltas de tomada de tempo, quando o limite são 12.
Diniz e Moreno, dois pilotos brasileiros, marcam a volta do país a um sonho abandonado desde a malsucedida empreitada da Copersucar Fittipaldi (1975-1979) —a formação de uma equipe.
A Forti Corse nasce em 1995 como asociação de empresários brasileiros e italianos e, pelo menos no começo, se destaca em relação à Copersucar por mostrar melhor estrutura e, principalmente, mais pés no chão.(MM)

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