São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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Skank não é fumo

"Skunk: espécie de gambá, que expele líquido malcheiroso quando atacado; pessoa desprezível". A tradução, com variações, está em qualquer dicionário inglês-português da praça. Mas também designa um tipo de supermaconha produzida em laboratório. Surgiu na Holanda em 1990. Chegou ao Brasil três anos depois. Tem cor, efeito e cheiro mais fortes do que a maconha comum.
"A gente ouvia reggae e as letras falavam muito em skunk", diz Samuel Rosa, vocalista da banda. "Queríamos saber se era fumo mesmo, perguntamos para o pessoal do Jimmy Cliff. Eles explicaram que 'skank', com 'a', era um ritmo, uma cadência do reggae." O nome já rendeu algumas complicações. "Um dia, abro o jornal e vejo a capa do nosso primeiro disco na seção de polícia", conta Henrique Portugal, tecladista. "Polícia recolhe cartazes de banda mineira". Os cartazes não eram da banda, mas de uma loja de bicicletas, Skank. A polícia não reparou na vogal "a".

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