São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Sindicalista se contradiz sobre reunião

DA REPORTAGEM LOCAL E DA FOLHA SUDESTE

O presidente da Força Sindical, Luiz Antonio de Medeiros, foi contraditório ao falar sobre visita do empresário Luiz Estevão de Oliveira Neto, do grupo OK, em Bragança Paulista (80 km ao norte de São Paulo), no segundo semestre de 90.
Wagner Cinchetto disse que houve reunião secreta entre Luiz Estevão, Marcos Cará, Medeiros e o ex-presidente Fernando Collor de Mello em Bragança, onde foi decidida ajuda na arrecadação financeira à Força Sindical.
A reunião teria sido realizada após encontro de Collor e ministros com dirigentes da central (veja foto acima).
Medeiros respondeu: "O Luiz Estevão nem foi à Bragança". Após ter sido informado pela Folha de que havia provas sobre isso, Medeiros afirmou: "Eu não me lembro. Estava doente, me recuperando."
Luiz Estevão confirmou que foi à Bragança, mas negou participação em reunião secreta, que, segundo ele, teria ocorrido só entre Collor e Medeiros.
Lula
O presidente nacional do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou o envolvimento de Medeiros na montagem de um suposto esquema paralelo para financiar a entidade.
Lula disse que sempre teve desconfiança sobre os métodos e o comportamento de Medeiros. "Isso demonstra que havia uma política premeditada do governo Collor em criar uma central para se opor à CUT. Ao mesmo tempo, isso era um projeto para ter um sindicato oficial", disse.
Diferentemente do acordo proposto pela Força Sindical, que desistiu do "gatilho" e pediu a livre negociação de salários a partir de junho, Lula defende o reajuste.
Ele afirma que não há, por parte do PT, qualquer proposta de política salarial sendo negociada com o governo. "Queremos criar uma pauta social para discutir a política agrícola, a reforma agrária e a política educacional".

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