São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pai de aluna reprovada questiona a avaliação de escola de inglês

BIANCA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Mario De Paola Filho, 44, põe em dúvida o método de avaliação dos alunos da escola Sociedade Brasileira Cultura Inglesa.
Diz que suas duas filhas, Cinthia, 17, e Suzana, 14, estudam na Cultura Inglesa há cinco anos e que, recentemente, uma delas foi reprovada em um dos estágios. A escola alegou, segundo ele, que o aprendizado de uma de suas filhas estava "além das expectativas".
Cinthia e Suzana moraram e estudaram durante dois anos nos Estados Unidos. Mesmo assim, "e apesar da demora do curso", De Paola afirma nunca ter questionado a conduta da escola.
"Quando uma das meninas foi reprovada, resolvi procurar a Cultura Inglesa para verificar o que estava acontecendo. Descobri que ela foi reprovada por estar avançando rápido demais e isso faria com que ela terminasse o curso muito cedo", diz ele.
Ele afirma ter tomado conhecimento de que, quando os alunos são avaliados ao final de cada semestre, os critérios utilizados pela Cultura Inglesa variam de acordo com o risco de perder o aluno para uma outra escola.
"Se o risco for alto, a escola dá uma segunda, terceira ou mais oportunidades de refazer os testes, até que seja obtida a aprovação. É o toma-lá-dá-cá na versão britânica", diz De Paola.
O leitor afirma que tentou vários contatos com a escola para esclarecer os critérios de avaliação dos alunos, mas diz não ter obtido resultados.
"Isso só confirma minhas conclusões de que a Cultura Inglesa merece seu apelido, 'Tortura Inglesa', adotado pelos seus alunos por ser um curso sem fim", diz De Paola Filho.

Texto Anterior: Aposentado enfrenta fila, burocracia e valores baixos
Próximo Texto: 'Método atinge fins'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.