São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995 |
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Ambientalista critica exercícios
DO ENVIADO ESPECIAL A ALCATRAZES Fausto Pires de Campos, coordenador do Projeto Alcatrazes (entidade que quer o fim dos exercícios da Marinha), criticou o custo de cada tiro dado no arquipélago: US$ 2.000,00."Eles dão 3.000 mil tiros por ano. Imagine esse dinheiro nas mãos de uma campanha como a do Betinho", disse. O comandante da fragata Independência, Luiz Augusto Correia, não soube informar o custo de cada tiro dado no arquipélago. Se o valor descrito pelo Projeto Alcatrazes estiver correto, daria para construir 750 apartamentos populares de US$ 8.000 a cada ano de exercícios em Alcatrazes. Na próxima quinta-feira, uma expedição do Projeto Alcatrazes vai visitar o arquipélago. Eles continuam pesquisas sobre aves marinhas ao mesmo tempo em que quatro nadadores, a partir da Barra do Una (praia de São Sebastião), pretendem chegar até as ilhas. Campos quer provar com a travessia que a ilha está perto o suficiente para ser atingida a nado e que, portanto, deve ficar sob a jurisdição do governo do Estado —não da Marinha. A travessia deve durar 12 horas. Campos criticou também o bombardeio de sexta-feira no arquipélago e disse que em uma semana os atobás que teriam ninho perto dos alvos vão voltar a se instalar no local até que o próximo bombardeio os expulse. O coordenador estranhou a cena presenciada pela Folha —a não-revoada de pássaros durante os tiros de canhão: "É esquisito isso. A gente bate palmas e elas saem voando". No decorrer dos exercícios de sexta, não houve revoada. Texto Anterior: Cliente se irrita com exigência feita pelo supermercado Carrefour Próximo Texto: Extração de areia ameaça rio Paraíba Índice |
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