São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Debate deve ser 'desapaixonado'

DO ENVIADO ESPECIAL A ALCATRAZES

Para o secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Fábio Feldmann, Alcatrazes precisa de uma discussão "desapaixonada".
"Não adianta ficar medindo a extensão dos danos gerados na ilha. O que é preciso debater é que na ilha não cabe esse tipo de exercício. Temos que persuadir a Marinha a proteger Alcatrazes e parar os exercícios", diz Feldmann.
A Folha apurou que na Marinha não existe consenso quanto à utilização do arquipélago para treinamentos. Setores do Almirantado consideram muito alto correr o risco de a corporação ter que arcar com a imagem de "depredadora do meio ambiente".
Mas a Marinha não admite sair de Alcatrazes como "perdedora" numa queda de braços com ambientalistas. Uma "saída honrosa" seria a solução para o fim dos exercícios.
O primeiro passo nesse sentido foi a limitação dos tiros (3.000 por ano, sendo 1.500 no Saco do Funil) e dos exercícios (dez por ano).
O comandante da Fragata Independência, Luiz Augusto Correia, afirma que a Marinha já pesquisou outras ilhas na costa brasileira e não encontrou local que se adequasse às suas necessidades.

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