São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Motorista de caminhão diz que dormiu

DA FOLHA VALE

O motorista José Carlos Moreira da Silva, 34, será indiciado por homicídio culposo e lesão corporal grave pela Polícia Civil de Aparecida (80 km de São José).
Silva dirigia o caminhão que provocou o acidente com o ônibus da empresa Normandy, anteontem, na via Dutra. O acidente matou 14 pessoas e deixou 30 feridos.
Silva foi preso em flagrante e está detido na cadeia pública de Guaratinguetá (85 km de São José). Ele confessou ter dormido no volante. "Estava há muitas horas sem dormir", afirmou.
O acidente aconteceu à 1h50 de sábado, no km 69 da via Dutra, em Aparecida.
O caminhão Mercedes, placas LAM-1934, do Rio, viajava no sentido São Paulo-Rio quando atravessou o canteiro central da Dutra e bateu no ônibus da empresa Normandy, placas KJ-9239, de Duque de Caxias (RJ).
Com a batida, o caminhão voltou para a pista São Paulo-Rio. O ônibus perdeu o controle e também atravessou o canteiro central, parando no meio da pista.
Dez passageiros do ônibus morreram na hora. Os outros quatro foram mortos atropelados pelo ônibus da empresa Cometa, placas BWA-6355, de São Paulo.
Entre os quatro atropelados, três eram passageiros do ônibus da Normandy. A quarta pessoa era uma enfermeira Maria José Caldeira, 28, que foi até o local para socorrer as vítimas.
O motorista do ônibus da Cometa, Júlio César Gaviolli Reis, disse que não conseguiu desviar a tempo do ônibus da Normandy, que já estava atravessado na pista. Reis será indiciado por homicídio doloso, se ficar comprovado que dirigia com imprudência ou excesso de velocidade.
A Normandy se responsabilizou com os gastos dos funerais e com o transporte dos corpos.

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