São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
'Envelheci uns 10 anos neste GP', diz piloto
MAURO TAGLIAFERRI
"Trabalhei com o enorme carinho da torcida, mas também tinha a pressão que coloquei sobre mim. Queria fazer tudo o mais bem feito possível", disse o brasileiro. Barrichello foi colocado numa posição de "sucessor natural" de Ayrton Senna para os torcedores brasileiros. Como treinou bem no Estoril, em Portugal, no começo do mês, gerou a expectativa de que poderia estar, pelo menos, no pódio. O próprio Barrichello dizia, na quinta-feira, que, se largasse entre os seis primeiros, poderia "dar uma sambadinha no pódio". No sábado, porém, depois de rodar no treino classificatório, chorou. Reclamou da pressão que vinha suportando e da falta de apoio da Jordan. Na noite de sábado, teve uma conversa com seu pai, Rubens. "Mostrei para ele que aquilo não afetaria a carreira dele", contou. "Ele precisa de experiência, não tem que ser comparado a ninguém", continuou. "E ele assimilou a conversa, pois não ficou nervoso. Agora, esta corrida já é uma página virada", disse o pai. "Aprendi que preciso ser o que sou. Com o tempo, as alegrias do Brasil vão voltar", afirmou Barrichello depois da corrida. O corredor recebeu também os conselhos de outro piloto, Raul Boesel, brasileiro que corre na Indy. "O Barrichello não pode querer dar o passo maior que a perna", disse. "Ele precisa de tranquilidade. É claro que a lacuna deixada pela morte do Senna iria ser preenchida por ele, mas tem que ir com calma", falou Boesel.(MT) Texto Anterior: Câmbio tira Barrichello da corrida na 16ª volta Próximo Texto: Italianos comemoram vitória com champanhe Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |