São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995 |
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Câmbio tira Barrichello da corrida na 16ª volta
MAURO TAGLIAFERRI
O brasileiro Rubens Barrichello abandonou o GP Brasil na 16ª volta com problemas hidráulicos na caixa de câmbio de seu Jordan. Foi um final melancólico para o fim-de-semana problemático que o piloto enfrentou. No treino oficial de sexta-feira, o motor Peugeot explodiu. Na sessão classificatória de sábado, Barrichello rodou e acabou ficando apenas com o 16º tempo do grid. Na prova de ontem, o brasileiro fez uma boa largada e, após a primeira volta, já havia conquistado quatro posições. Mas a evolução parou por aí. No quinto giro da corrida, Barrichello caía para o 15º lugar. "O carro estava muito lento nas retas", disse o corredor. "O Gary (Anderson, projetista da Jordan) me pediu, pelo rádio, para voltar para os boxes para a equipe dar uma olhada no carro", contou ele. Nesse momento, porém, seu companheiro, Eddie Irvine, entrava nos boxes, também com problemas hidráulicos. Os mecânicos não conseguiram consertar o carro e o irlandês abandonou. Foi quando o Jordan de Barrichello perdeu definitivamente a pressão na embreagem. "O carro simplesmente parou de funcionar, como se eu estivesse sem combustível", afirmou. Lentamente, o brasileiro ainda conduziu o bólido até os boxes e por lá ficou. "Foi uma pena, pois havíamos conseguido melhorar o carro", disse o piloto. No warm up da manhã, Barrichello decidira que correria com o carro reserva e a equipe optara por um acerto diferente, com a suspensão um pouco mais alta. "Isso ajudou a superar as dificuldades com as ondulações da pista, embora estivéssemos com menos aderência", falou. O ajuste fez com que Barrichello fizesse, com tanque cheio, no warm up, um tempo melhor do que nos treinos classificatórios, com tanque vazio: 1min22s702, o oitavo mais rápido da manhã. Com o mau resultado de ontem, o piloto disse que pode voltar a andar com o carro principal —o mesmo com que treinou em Portugal no começo do mês— no GP da Argentina, no dia 9. "Infelizmente, este é um fim-de-semana para ser esquecido", afirmou o corredor. A equipe fez coro às lamentações de Barrichello. "Um triste e desapontador final para um final de semana frustrante. Tudo parecia ir tão bem antes", comentou Eddie Jordan, o proprietário da equipe. "E os carros pararam cedo demais até para que pudéssemos fazer uma avaliação da performance do nosso motor na corrida", completou Jean-Pierre Jabouille, diretor da Peugeot. Texto Anterior: Ponte Preta sofre derrota em Araçatuba Próximo Texto: 'Envelheci uns 10 anos neste GP', diz piloto Índice |
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