São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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ANTONINA LEMOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Eles lançaram discos, tocaram em rádios e conquistaram fãs. Depois sumiram e passaram a ter suas músicas tocadas apenas em programas de "flash back".
Alguns integrantes dessas bandas radicalizaram. É o caso do antigo vocalista da banda Plebe Rude, Ameba. Ele trocou o estilo punk por uma banda de forró em Mendes (interior do Rio).
Mendes, por sinal, virou o retiro espiritual dos brasilienses. O ex-Legião Urbana Renato Rocha, o Negrete, também foi parar lá depois que largou a banda.
Hoje, além de tocar forró, Ameba continua nos grandes palcos. Só que atrás das luzes, como roadie de Lulu Santos.
Os outros integrantes da Plebe (que acabou definitivamente ano passado) escolheram atividades mais "normais".
O baixista André Muller virou funcionário público em Brasília. O outro vocalista, Felipe Seabra, foi para os Estados Unidos e o baterista Gutje é dono de um estúdio de gravações.
A profissão "dono de estúdio" é adotada por muitos músicos. Arnaldo Brandão e Ricardo Bacellar, do Hanói-Hanói, são donos de um no Rio. Fora isso, continuam com a banda, que já existe há dez anos.
As bandas que sobreviveram têm que voltar a batalhar no circuito "ungerground" (correr atrás de shows, gravadora e por aí vai).
É o caso do Ira!. O vocalista Nazi Valadão conta que a banda tem tido dificuldades para tocar em São Paulo por falta de espaço. "Não tem lugar, fazemos muitos shows em outros Estados", diz.
Os Inocentes são outros sobreviventes. Apesar de várias trocas entre os integrantes da banda, eles lançaram um CD no ano passado pela Eldorado.
Dois integrantes de bandas dos anos 80 parecem que estão dando a volta por cima.
Humberto Effe, vocalista do Picassos Falsos, e Tony Platão, vocalista do Hojerizah, estrearam agora em carreira solo.
Os outros integrantes do Picassos e do Hojerizah viraram músicos profissionais. Apenas um dos Picassos desistiu. Virou jornalista.

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