São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 1995 |
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Tráfego é interrompido no Rio
ROBERTO MACHADO
A passeata terminou em frente ao Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Educação no Rio, num ato que reuniu cerca de 5.000 estudantes segundo os organizadores e 2.000 segundo a Polícia Militar). A manifestação contou, principalmente, com estudantes das universidades públicas sediadas no Estado (UERJ, UFRJ e UFF) com alunos de faculdades particulares e secundaristas da rede pública de ensino. Erick Brêtas, 20, aluno do curso de Jornalismo da UFRJ, disse que "o governo FHC representa uma ameaça para a universidade pública". Luíza Elias, 23, aluna do curso de Direito da Faculdade Cândido Mendes (particular), afirmou que protestava contra "o aumento abusivo das mensalidades programado para o mês que vem". Os universitários protestaram também contra a promulgação das Medidas Provisórias 932 e 938, que determinam a livre negociação para o valor das mensalidades e alteram as regras das eleições diretas para reitor. O vice-presidente da UNE afirmou que os estudantes se opõem às "tentativas de FHC e Bresser Pereira de privatizar as universidades e, em última análise, a educação brasileira". Leandro Cruz —que foi ferido na perna no confronto entre manifestantes e a segurança do presidente, dia 17 passado, no centro do Rio— criticou os primeiros meses da gestão FHC. "Quero mandar um recado para Fernando Henrique: nós, que estamos nas ruas, não somos os derrotados. Somos os estudantes, somos a sociedade brasileira", disse. Texto Anterior: Líder fica 8 anos no 2º grau Próximo Texto: Protesto reúne 250 em Porto Alegre Índice |
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