São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 1995
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Motim é o 13º neste ano

DO BANCO DE DADOS

A rebelião em Tremembé é a 13ª este ano no Estado de São Paulo. As maiores ocorreram em Franco da Rocha (Grande São Paulo) e Hortolândia.
Duas rebeliões ocorreram num só dia em Hortolândia (20 km de São Paulo).
No dia 1º de março, 770 presos fizeram 11 reféns e destruíram a Penitenciária 2 numa tentativa de fuga.
A rebelião durou 16 horas. Nove presos foram transferidos para a Penitenciária de Franco da Rocha.
Poucas horas antes, fora controlada uma rebelião de 678 presos da Casa de Detenção, também no complexo de Hortolândia.
Os detentos transferidos de Hortolândia para Franco da Rocha voltaram a se rebelar no dia 3 de março.
Eles fizeram 66 reféns na penitenciária da cidade. A rebelião de Franco da Rocha terminou no sábado às 15h45.
Na Cadeia Pública de Piracicaba, 172 presos fizeram uma rebelião de 30 horas no dia 13 de fevereiro. Os presos protestavam contra a transferência de um detento considerado agitador.
No pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru (zona norte de São Paulo), onde 111 presos foram mortos em 92, detentos explodiram o muro do pátio do presídio em uma tentativa de fuga no dia 14 de fevereiro.
Em Vinhedo (85 km a noroeste de São Paulo), um grupo de 55 presas da cadeia feminina da cidade se rebelou em 8 de janeiro, reivindicando mudanças no sistema de visitas.
A última rebelião antes da de Tremembé, no Vale do Paraíba, aconteceu na quinta-feira passada, dia 23, em Mogi das Cruzes (50 km de São Paulo).
Cerca de 300 presidiários fizeram um protesto pacífico, sem armas ou reféns, de 30 horas por melhores condições.
A cadeia de Mogi das Cruzes foi construída para 66 presos, mas abriga hoje mais de 400 detentos.

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