São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 1995 |
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Zagallo ignora partida do Corinthians
MARCELO DAMATO
Zagallo explicava a confusão ocorrida com os jogadores do Vasco —impedidos de se apresentarem anteontem de manhã pelo diretor Eurico Miranda— quando foi pego de surpresa pela informação. A Folha perguntou a Zagallo se ele havia feito um acordo com o Corinthians para a liberação dos quatro jogadores —em fevereiro, contra a Eslováquia, Zagallo só chamou Marques e Souza alegando que o Corinthians tinha um jogo naquele meio de semana. Ao ouvir a pergunta, Zagallo arregalou os olhos, emudeceu e se virou para o supervisor Américo Faria, que, ao seu lado, dava outra entrevista. Faria também não soube explicar. Por fim, disse que o dia do jogo do Corinthians havia sido alterado e que ele não havia sido avisado. Só que quem alterou a tabela foi a própria CBF, que organiza tanto a Copa do Brasil quanto à seleção. Faria ainda aventou a hipótese de o departamento técnico da CBF ter negociado a liberação dos jogadores. Essa não é a primeira confusão nas convocações de jogadores desde que o técnico Zagallo assumiu a seleção brasileira, em setembro. Em dezembro, ele deixou de convocar Cafu porque foi informado pela CBF de que ele estava inscrito para jogar a final da Copa Conmebol, que foi disputada pelo "Expressinho". Zetti também havia ficado de fora, mas foi chamado porque o goleiro corintiano Ronaldo iria se casar dois dias antes do amistoso contra a Iugoslávia. O pior é que Zagallo preocupa-se em não cometer deslizes, nem contrariar interesses dos clubes. Tenta não chamar jogadores de times que tenham compromissos importantes e não convocar mais de dois jogadores por clube. Além disso, nas três últimas convocações, seis jogadores —quatro campeões nos EUA mais os vascaínos Leandro e Bruno Carvalho— se apresentaram com atraso, por vários motivos. (MD) Texto Anterior: Estreantes superam ostracismo Próximo Texto: E Romário nem foi convocado. Pode? Índice |
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