São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995 |
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Governo e professores tentam acordo hoje
FERNANDO ROSSETTI
Em sua última estimativa, sexta-feira, o governo calculou em 45% a adesão à greve -ou mais de 3 milhões sem aulas. O impasse foi colocado pelo governador Mário Covas, na reunião que se seguiu à assembléia que manteve a greve: o governo já fez três contrapropostas aos grevistas, chegou ao "limite do limite" de suas possibilidades orçamentárias; e as entidades mantiveram intactas suas reivindicações. Nessa reunião, Covas defendeu que, agora, não é mais o governo que deve fazer nova proposta, e sim os grevistas que devem rever suas reivindicações diante do quadro orçamentário do Estado apresentado. "A não ser que eu estiver mentindo sobre esses dados", acrescentou Covas. Após um debate sobre os números apresentados e a defesa, pelas entidades do ensino estadual, de que seria possível oferecer um reajuste superior, os grevistas acabaram aceitando repensar sua pauta de reivindicações para a reunião de hoje, na Secretaria de Estado da Educação. Em sua última proposta, feita quinta-feira à noite, o governo eleva o piso por 20 horas semanais de trabalho dos professores de R$ 141 para R$ 180. O dos servidores vai de R$ 105 para R$ 141, por 40 horas. Até julho, o piso dos professores teria um aumento de 23% em relação ao piso de fevereiro. Essa proposta envolveria um acréscimo na folha de pagamentos da Secretaria de Educação de R$ 266,5 milhões este ano. A folha de pagamentos da secretaria em janeiro foi de R$ 115 milhões. Os professores reivindicam um piso emergencial de R$ 210 e reajuste equivalente para toda a categoria. A proposta do governo dá reajustes menores para o topo da carreira. A próxima assembléia dos grevistas está marcada para sexta-feira, na avenida Paulista (centro). Texto Anterior: O fim do MEC Próximo Texto: MEC repassa livro didático Índice |
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