São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995 |
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Detentos preparam novo motim, afirmam funcionários e parentes
ENIO MACHADO
Os familiares puderam visitar os detentos ontem e anteontem. Segundo eles, os presos querem a transferência de mais detentos. Na rebelião iniciada no dia 26 e encerrada na última quinta-feira, os presos exigiram a transferência de 37 pessoas. O motim -o mais longo do Estado, com 94 horas de duração- deixou um morto, o detento Joaquim dos Santos. O diretor interino do presídio, Tito Lopes, foi procurado ontem, mas não quis comentar o assunto. "Eles ainda estão armados e já anunciam uma nova rebelião", disse o agente penitenciário Daniel Barbosa. Segundo ele, o fato de os líderes da rebelião ainda estarem no presídio reforça a possibilidade de um novo motim. Segundo o agente, os presos permanecem soltos nos pavilhões, o que dificulta a manutenção da segurança. Ele disse ainda que agentes estão faltando ao trabalho com medo de outro motim. A prima de um detento, que se identificou apenas como Sandra, disse que o clima está "tenso". "Meu primo avisou para eu não vir mais aqui porque a situação está muito perigosa." Texto Anterior: MEC repassa livro didático Próximo Texto: Trios elétricos arrastam 130 mil durante 2ª micareta paulistana Índice |
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