São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Ídolo do grunge escondia uma vida infernal

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"Metade do tempo sou o maior idiota niilista. Na outra metade, sou totalmente vulnerável e sincero. E é assim, basicamente, que as canções vão saindo. A maioria das pessoas da minha idade é desse jeito: sarcástica um minuto, carinhosa no próximo."
Esse é Kurt Cobain falando para seu biógrafo, Michael Azerrad, autor de "Come as You Are", único livro oficialmente editado sobre o Nirvana.
Como se vê, a confusão mental de Kurt Cobain não era muito diferente da de seus fãs.
Sua vida foi um inferno. Os pais se divorciaram quando ele tinha oito anos.
O pai aproveitou bem o pouco tempo de convivência com Kurt: surrou-o para que o filho não o esquecesse para o resto da vida.
A mãe nunca fez nada por ele. E, quando o Nirvana estourou, admitiu em sua sinceridade pobre: "Kurt não deve absolutamente nada de seu sucesso a mim".
Seu suicídio foi mais do que anunciado. Um mês antes de morrer, tinha tomado uma overdose de calmantes com champanhe em Roma, sentindo rejeitado pela mulher, que se recusara a fazer sexo. Salvou-se por pouco.
Courtney Love, casada com Cobain, já tinha avisado a polícia de Seattle para ficar de olho em Kurt quando ela não estivesse na cidade.
Kurt Cobain chegou a se internar semanas antes de morrer em uma clínica de desintoxicação. Mas acabou saindo. De volta às ruas geladas de Seattle, corria o tempo todo atrás de heroína.
Courtney também sempre foi sinônimo de confusão. Filha de milionários, pulou de escola em escola nos EUA e na Europa. O destino era sempre o mesmo: expulsão.

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