São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Conferência em SP discute o 'fato clínico'

DA REDAÇÃO

Neste fim-de-semana, psicanalistas de todo o mundo se reuniram no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, para debater "A Conceituação e a Comunicação dos Fatos Clínicos em Psicanálise".
O encontro, que também aconteceu em Londres e Nova York no ano passado, comemora os 75 anos da "IJPA - International Journal of Psycho-Analysis" -maior revista de psicanálise do mundo, com mais de 7.000 assinantes em 44 países.
Segundo Leopold Nosek, presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, a escolha do Brasil como terceira sede da conferência "marca o reconhecimento internacional da importância da psicanálise brasileira".
Segundo ele, "no Brasil, e particularmente em São Paulo, há um florescimento da psicanálise nos aspectos clínico e editorial". O país é hoje o terceiro mercado do mundo em publicações psicanalíticas, atrás de EUA e França.
Mas a conferência não se limitou a comemorar os bons ventos que sopram nos trópicos a favor da disciplina criada por Freud.
O tema é uma espécie de alerta àqueles que, nas palavras de Elias da Rocha Barros, seguem "movimentos carismáticos e dogmáticos" -um sectarismo teórico que impediria a renovação da psicanálise pelos fatos inesperados que brotam da vivência analítica.
Ao tematizar o "fato clínico", a conferência procura estabelecer uma "objetividade" que garanta maior rigor à psicanálise.

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