São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Público tenta manter a classe

MARTA AVANCINI
DA FOLHA SUDESTE

Diante da demora da organização em anunciar oficiamente o cancelamento da récita da ópera "Aída", o público tomou a decisão por si e começou a deixar a pedreira do Chapadão por volta das 21h45 de anteontem.
Por causa da forte chuva que atingiu Campinas, a récita foi cancelada. Ao som dos gritos "cancela, cancela" do público da arquibancada, longas filas começaram a se formar em direção aos portões de saída.
Mulheres vestidas com saias longas e saltos altos, homens engravatados se misturavam a deputados e membros do governo federal -o chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho esteve presente- afundavam seus pés em poças d'água que se formavam.
A busca por abrigo se transformou em uma verdadeira guerra. Debaixo de tendas improvisadas, se apertavam empresários, músicos e o pessoal da produção, devidamente movidos por taças de champagne que seriam servidas ao público da ala vip.
"Mesmo debaixo de chuva, o fundamental é manter a classe", disse Ana Cláudia Padilha, 25, que se abrigava em uma tenda ao lado do palco.

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