São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Folha publicará a biografia do papa

DANIELA ROCHA
DE NOVA YORK

A edição da revista "Newsweek que começa a circular hoje nos EUA dedica sua capa a uma reportagem sobre o livro "Papa João Paulo 2º: A Biografia, escrito pelo jornalista Tad Szulc.
No próximo domingo, com exclusividade, a Folha publicará trechos desta biografia do papa. Na semana passada, ele anunciou a encíclica "Evangelium vitae, considerado o documento mais incisivo da Igreja Católica contra o aborto e a eutanásia.
O lançamento do livro foi cercado de sigilo. Szulc, que foi editor do "The New York Times, é, como o papa, de origem polonesa e pesquisou documentos inéditos escritos no seu idioma natal.
O jornalista, um dos raros a conversar frequentemente com João Paulo 2º, conseguiu acesso a informações do regime comunista polonês sobre o papa, além de ter lido escritos originais dele.
Na reportagem, a revista traz trechos inéditos da biografia do papa, com descrições de bastidores da política internacional e da política interna do Vaticano.
O primeiro trecho trata de como o cardeal polonês Karol Wojtyla -nome de João Paulo 2º- quebrou em 1978 uma tradição de 456 anos de papas italianos.
"Ainda que o Espírito Santo inspire os cardeais em sua escolha, como afirma a igreja, a eleição papal sempre foi um primoroso exercício de política, afirma o autor.
Entre os nomes indicados para o papado, após a morte de João Paulo 1º -32 dias após ter assumido o lugar de Paulo 6º- Karol Wojtyla apontou como homem do momento, que não seguia nem a linha conservadora nem a linha liberal da igreja.
Outro trecho descreve a "triunfante abertura do Leste: o papa vai para casa. João Paulo 2º assumiu o cargo em um momento em que o Vaticano iniciava uma conduta agressiva na política internacional.
A primeira providência de João Paulo 2º visitar em 1979 a Polônia, outros países do Leste Europeu e a então URSS.
O último trecho trata do livro de Wojtyla sobre sexualidade, "Amor e Responsabilidade. Escrita ainda antes de ser nomeado cardeal, a obra foi uma das bases para o texto "Humanae vitae".

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