São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995 |
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Revistas criaram gênero nos EUA nos anos 20
DANIEL PIZA
"Pulp" significa literalmente "polpa". A palavra se refere ao papel vagabundo usado nas edições de revistas e livros naquele período da história americana. O conteúdo de um "pulp" é variado: pode ser policial, faroeste, ficção científica, histórias eróticas, de horror, guerra ou esporte. A regra é ser de baixa qualidade. Algo como este parágrafo de "Meu Destino É Pecar": "Ele percebeu instantaneamente que os braços que assim o enlaçavam eram leves, finos, macios demais para serem de homens". Se você quer um equivalente no cinema, pense nos filmes "B" dos anos 50. Na TV, pense nos seriados como "Perdidos no Espaço" dos anos 60. Esse tipo de ficção era publicada em revistas como a famosa "Black Mask", dos jornalistas (e intelectuais) H.L. Mencken e G.J. Nathan, nos anos 20. "Black Mask" revelou, por exemplo, os maiores escritores policiais dos EUA: Dashiell Hammett (autor de "O Falcão Maltês") e Raymond Chandler ("O Sono Eterno"). Os livros de "pulp" foram os antecessores dos "pocket books", surgidos em 1939. Com os livros de bolso, a "pulp" passou a receber edições de mais de 200 mil exemplares e, nos anos 50, se tornaram mania, ao lado dos milk-shakes e beatniks. (DP) Texto Anterior: Mercado de 'pulp fiction' agoniza no país Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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