São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995
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Paim é o perigo na esquerda

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

O grande perigo para o time do Executivo é o contra-ataque do Legislativo com o Paulo Paim. Ele é ponta-esquerda tradicional, que joga às costas da lateral-direita.
Está certo que Paim estará sem o seu principal companheiro de ataque, aquele que efetua os lançamentos longos: o meia-esquerda Jair Meneguelli está fora do jogo.
Na média de idade, os times se equivalem (42, Executivo; 41 do Legislativo), mas quem pode desequilibrar para os deputados, com 24 anos, é o Ricardo -que não é Gomes, mas é Gomide.
A grande arma da equipe do governo é o cabeça-de-área Serjão Motta. É ele quem deve, por exemplo, cobrir as subidas do Paim pela esquerda.
Ele também é o responsável pelo primeiro combate ao quarteto do meio-de-campo adversário, que tem jogadores convocados do PT, do PTB e do PC do B.
Serjão também deveria coordenar as saídas de jogo do time.
Mas é visível o seu desentrosamento com o setor encarregado de ligar o meio-de-campo ao ataque (caso do seu companheiro Paulo Renato, por exemplo).
Há quem ache a ausência de Zé Serra como o segundo volante uma vantagem para o Executivo: assim, poderá jogar mais solto.
Como tem sido demonstrado nos últimos confrontos, o time do Legislativo é franco favorito para o jogo de hoje na Granja do Torto.
O grupo está unido e mais consistente naquilo que é básico no futebol moderno: a compactação.
Além da determinação dos jogadores para o futebol total: atacam e defendem com a mesma eficiência.

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