São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995 |
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Empresa consegue prazo de 6 meses sem juros
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
É o caso da Toga, principal fabricante de embalagens flexíveis no país. Segundo Sérgio Haberfeld, seu presidente, a empresa importa de alguns fornecedores filmes plásticos, alumínio e uma série de produtos químicos com prazo de seis meses para pagar sem a cobrança de juros. No caso de um fornecedor argentino, não há cobrança de juros até 150 dias e, a partir dali, cobra-se 1% ao mês. Haberfeld diz que essas vantagens só foram obtidas pelo fato de a empresa ser uma grande importadora. O prazo de entrega do produto importado é de 35 dias. "Há ainda outra alternativa", diz. Três de seus fornecedores mantêm um entreposto no Brasil. "Pagando as despesas alfandegárias para retirar os produtos, eu tenho 60 dias para pagar." A vantagem, neste caso, é que a Toga não precisa manter estoques. No caso da Parmalat, o prazo de entrega de um produto importado é de 30 dias. Carlos Monteiro diz que a empresa é uma pequena importadora (movimentando de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões) de leite em pó (no período da entressafra brasileira que vai de maio a setembro) e de produtos acabados italianos (biscoitos e massas). As linhas externas bancárias de financiamento às importações já somam, avalia Sérgio Gabrielli, do Banco de Boston, US$ 12,5 bilhões. Em março do ano passado chegavam a US$ 6 bilhões. Os empréstimos com prazos superiores a um ano (máquinas e equipamentos) deixam de ser pagos pelo câmbio comercial (exportações e importações) e são contabilizados como movimentação financeira (entrada ou saída de recursos do país). Texto Anterior: A reforma necessária Próximo Texto: Crédito bancário ao setor privado aumenta 42,6% depois do Real Índice |
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