São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995
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Alemães cantam réquiem italiano

LUÍS ANTÔNIO GIRON

Cabe especular em torno do concerto do Coro Filarmônico de Heilbronn, terça e quarta no Municipal. É estranho o grupo alemão de cem integrantes, fundado em 1818, interpretar o "Réquiem" do italiano Giuseppe Verdi em vez de "Um Réquiem Alemão", de Brahms, ou mesmo "A Criação", de Haydn.
Heillbronn foi um dos primeiros corais a apresentar a obra de Haydn em 1819. A de Brahms o grupo cantou no pós-guerra em memória aos 7 mil mortos da cidade. São especialidades.
O regente, Ulrich Walddoerfer, 44, é discípulo de Sergiu Celibidache e não parece se atemorizar diante do alto repertório.
Então o temor é o mesmo que o público paulistano sente nos fins-de-semana: o de que a Sinfônica Municipal, que acompanha o Heilbronn, não consiga tocar algo mais complexo do que ópera italiana.
A obra de Verdi é soberba, fácil e sacra. Importante é ter fé em que a orquestra siga o andamento.
Coro Filarmônico de Heilbronn e Orquestra Sinfônica Municipal. Teatro Municipal: pça. Ramos de Azevedo, s/n, Centro. Tel. 222-8698. Terça, 11, e quarta, 12: 21h. Ingressos: R$ 25 a R$ 100.

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