São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Eletropaulo pede 5 anos para normalizar luz

DA REPORTAGEM LOCAL

A Eletropaulo deverá investir R$ 369 milhões na ampliação do sistema de transformação e distribuição de energia em 1995.
Segundo José Carlos Piccirillo Pinto Dias, diretor de geração e transmissão da Eletropaulo, a prioridade será a construção de novas linhas de transmissão.
"Sabemos que é necessário fazer investimentos de grande porte. Nos últimos anos a expansão do sistema ficou aquém das necessidades e algumas regiões estão sobrecarregadas."
Segundo Dias, a meta da empresa é que num prazo de cinco anos todas as regiões estejam com linhas normalizadas.
"Não há razão para pânico e é muito pouco provável que haja necessidade de racionamento de energia. É normal trabalhar sem capacidade de reserva, mas como isso prejudica o atendimento à população, vamos nos esforçar para desafogar as linhas."
Dias afirma que a Eletropaulo enfrenta dificuldades, mas está "bem melhor que a Sabesp".
"Apesar da falta de verba estamos conseguindo acompanhar o crescimento vegetativo da cidade. Existem linhas sobrecarregadas, mas não há risco de colapso."
A Eletropaulo atende 5,7 milhões de residências em 78 municípios de São Paulo. Isso equivale a 25% da demanda do país ou a todo o consumo da Argentina.
A cada ano são feitas 400 mil novas ligações de luz no Estado.
Segundo a Eletropaulo, a falta de luz aumenta no verão por causa de fenômenos climáticos.
"Em algumas regiões de São Paulo, há 90 dias com ocorrência de raios a cada ano. Na Europa a média é de cinco dias por ano e na costa leste dos EUA de 30 dias", diz Valbert de Amorim Garcia, superintendente de distribuição.
Para Dias, a única maneira de evitar a falta de luz seria fazer a rede de distribuição no subterrâneo. "Só que é dez vezes mais caro fazer uma rede subterrânea do que uma aérea."

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