São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Setor metal-mecânico cria oportunidades

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

O mercado de metal-mecânica, que até um ano atrás movimentava por mês U$ 40 mil e, agora, atingiu U$ 3 milhões abre espaço para novas empresas que queiram disputá-lo.
A grande cliente deste mercado é a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), maior grupo de capital privado nacional do país.
A empresa colocou em andamento um plano para criar um cinturão metal-mecânico no sul-fluminense, onde está instalada.
O objetivo desta decisão é reduzir o preço (por causa do frete) e permitir melhor monitoramento da qualidade dos produtos. O programa é posterior à privatização, em abril de 1993.
Hoje, já estão instaladas 22 empresas nos setores de confecção e usinagem. Segundo José Rogério Prado de Castro, coordenador do projeto do cinturão, mais quatro empresas estão em negociação para fazer parte do projeto.
Segundo Rui Polastre, presidente da Associação/Sul-Fluminense de Metal-Mecânica, criada para congregar estas fornecedoras da CSN, o investimento mínimo para abrir uma indústria no setor fica entre U$ 200 mil e U$ 300 mil.
A CSN, além de garantir a compra dos produtos com contratos de dois a três anos, permite que funcionários das empresas se especializem em cursos na CSN.
A CSN também tem um projeto, ainda embrionário, de incentivar indústrias que utilizem produtos produzidos pela siderúrgica a se instalar na região.
Os dois projetos incluem, além de Volta Redonda, onde está instalada a CSN, os municípios próximos de Resende, Barra Mansa, Piraí e Barra do Piraí.
Shoppings
Com o mercado praticamente esgotado na zona sul do Rio, o setor de shopping centers busca alternativas para continuar a crescer: os shoppings de preços baixos (off price) e os localizados em municípios do Grande Rio, como Nova Iguaçu (Baixada Fluminense).
O presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Célio Pinto de Almeida, acredita que o Rio ainda está atrasado nos shoppings de preços baixos e nos temáticos (específicos para setores, como por exemplo, os de casa e decoração).
Ele também vê boas oportunidades de negócios em regiões mais afastadas da cidade, como a zona oeste (Campo Grande e Recreio dos Bandeirantes).
Em Del Castilho, bairro da zona norte do Rio, está surgindo um novo shopping off price, o Nova América, que deve ser inaugurado no segundo semestre.
Lá uma loja de tamanho médio (70 metros quadrados) tem um aluguel mensal de cerca de R$ 1.200, mais R$ 35 mil para instalação no setor de moda.
Os shoppings em Nova Iguaçu, São João de Meriti (município da Baixada Fluminense) e no Recreio dos Bandeirantes.
Hotelaria
Mesmo com o crescimento do turismo no final do ano e no Carnaval quando, segundo o presidente da AHT, Álvaro Bezerra de Mello, da rede Othon de hotéis, todos os hotéis do Rio (e não apenas os localizados na orla) lotaram, investimentos em novos hotéis tendem a ter um longo tempo para passar a dar lucro.
"Fora destas datas, nossa ocupação costumava ser de 70% e ainda está em 55%", diz ele.
Na zona sul do Rio, onde se concentram a maioria dos hotéis, há dois que estão sendo construídos em ritmo lento. O Rio Ritz, na avenida Atlântica, e um da construtora Encol, em Copacabana.

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