São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Cinemateca vai renascer no Matadouro

THOMAS FARKAS
ESPECIAL PARA A FOLHA

O antigo Matadouro Municipal da Prefeitura, na Vila Mariana, construído em 1887, tornou-se a nova sede da Cinemateca Brasileira no ano passado.
Antigamente, o Matadouro fornecia alimento à população; agora, fornecerá alimento para a memória e a pesquisa.
Esta magnífica Cinemateca está pronta para ser reinstalada e seu acervo recuperado e alojado convenientemente, com as técnicas e cuidados que merece.
Entidades e indivíduos ilustres e compreensivos têm ajudado: a renovação do arquivo de documentação e pesquisa foi conseguido pela dra. Maria Rita Galvão junto à FAPESP e o CNPq (institutos de pesquisa); e o suporte financeiro, ofertado pelo Unibanco, através de seu diretor e componente do nosso Conselho, dr. Fernando Moreira Salles, com equipamento de moviola trazido pela Fundação Vitae.
Muitos outros eventos contribuíram para sua manutenção, como as projeções patrocinadas pelo Banco Real e até a locação das dependências para custear os salários míseros dos poucos técnicos.
Já recebemos promessas do prefeito Paulo Maluf, que propõe contribuir com um terço das despesas da reconstrução do prédio.
Quanto ao novo ministro da Cultura, Francisco Weffort, vimos calorosas manifestações de ajuda, pois é amigo do cinema, como afirmou muitas vezes. Ele promete de início os dois terços restantes para os pavilhões.
A Cinemateca precisa também instalar no Matadouro o departamento de pesquisa e documentação para consulta do público e uma pequena sala de projeção.
E tem de reorganizar seu pessoal e os salários, recuperar todos os filmes, reinstalar o laboratório e, principalmente, erguer a primeira câmara frigorífica para armazenamento de filmes, cuja construção foi oferecida à Fiesp e ao Instituto Roberto Simonsen. A instalação do maquinário será oferecida à generosa Fundação Vitae.

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