São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995 |
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Dallari prevê que inflação subirá em abril e em maio
MÔNICA SANTANNA
Para Dallari, a alta deve ocorrer devido aos reajustes de aluguel, mensalidades escolares e nos preços de produtos "in natura" -produtos não industrializados. Dallari disse que o índice deve ficar entre 1,8% e 2,3% neste mês e entre 1,9% e 2,7% em maio. Dallari disse que o governo considera a alta normal. "A inflação sobe e desce, mas o que interessa é a média, que está de acordo com o previsto", afirmou. Ele disse que a inflação deve cair a partir de junho. Ele participou ontem em Curitiba de reunião com os integrantes da Associação Brasileira das Indústrias do Trigo. Ele propôs que as indústrias e empresas de comércio encontrem mecanismos alternativos para financiar os produtores no plantio do trigo já a partir desta safra. Limpeza quer aumento As indústrias fabricantes de produtos de limpeza querem reajustar seus preços entre 8% e 12%. O governo entende que não é o momento, pois as vendas estão em queda. Para tentar evitar esses aumentos, Dallari esteve reunido, ontem à tarde em São Paulo, com o presidente da Abipla (associação das indústrias de produtos de limpeza), José João Armada Locoselli. Segundo Dallari, as indústrias não devem reajustar os preços agora devido à queda de 5% nas vendas do primeiro trimestre em relação ao último trimestre de 94. Locoselli informou que se as vendas deste mês se mantiverem no patamar atual, haverá queda de 10% em relação a março. Alguns produtos, como os sabões em barra, já subiram até 12% em janeiro. Os que poderão subir agora são sabões em pó, detergentes, amaciantes e água sanitária. O presidente da Abipla entende que se houver aumento as vendas poderão cair ainda mais. Entretanto, ele argumenta que algumas matérias-primas tiveram reajustes excessivos nos últimos meses. Ele deu exemplos: a soda cáustica, usada na produção se sabões, subiu de US$ 100 em janeiro/94 para US$ 300 a tonelada no mercado externo; os fretes, mais 60% desde julho/94; e as embalagens, mais 50% no mesmo período. Colaborou a Reportagem Local. Texto Anterior: A crise é da contra-reforma Próximo Texto: Classe mais pobre quase duplica no país Índice |
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