São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995 |
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Paralisações afetam vida de casal em greve Filho de grevistas está sem aula ANDRÉ LOZANO
Ana Maria disse ter ficado surpresa anteontem de manhã quando foi deixar seu filho de 1 ano na creche do HC e os portões estavam fechados. "Tive de voltar para casa e deixar o menino com minha mãe." "Os funcionários da creche têm direito de fazer greve também, mas acabam atrapalhando a nossa vida", afirmou Araújo. Enquanto um vai ao HC para assinar o ponto, o outro se encarrega de deixar a criança na casa de algum parente. "Os nossos parentes já estão acostumados. Como funcionários do HC, sempre estamos em greve e temos que contar com eles", disse Ana Maria. O filho do primeiro casamento de Araújo também sofre os efeitos da greve dos servidores públicos. Estudante de uma escola estadual, o menino também está em casa porque a escola aderiu à greve. O casal afirmou que o seu padrão de vida caiu nos últimos anos, como funcionários públicos. Araújo e Ana Maria tiveram de ir morar na casa dos pais e constantemente pedem ajuda financeira para a família. Araújo ganha R$ 93,73 como porteiro do prédio da Administração do HC. Sua mulher recebe R$ 154,56 como escriturária no HC. Texto Anterior: Paralisação no ensino diminui, diz governo Próximo Texto: FHC vincula empréstimos à preservação do meio ambiente Índice |
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