São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995 |
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Veículo em marcha lenta polui duas vezes mais
DANIELA FALCÃO
Isso acontece porque, quando o trânsito está parado, o motor do veículo trabalha em marcha lenta e queima mais combustível. Após o real, a frota de veículos em São Paulo cresceu em 300 mil unidades, aumentando, consequentemente, a poluição do ar. Esse é um dos argumentos utilizados pelo secretário Fábio Feldmann para defender a idéia da restrição ao tráfego. Estado e prefeitura concordam que desafogar o trânsito é fundamental. Por isso, além das medidas de emergência, serão adotadas providências a médio e longo prazo para reduzir o fluxo de carros. O prefeito Paulo Maluf disse que estuda a adoção de algumas medidas já a partir deste inverno. Uma das providências mais importantes, segundo Maluf, é aumentar a frota de ônibus movida a energia elétrica (os trolebus) e gás natural. Ele afirmou que fará reuniões com as empresas de ônibus para estabelecer um cronograma que permita a troca de diesel por gás natural o mais rápido possível. Segundo ele, não é possível fazer a mudança já porque o gás natural produzido pela Petrobrás não tem a "qualidade desejada". Para Maluf, é inviável aumentar a frota de trolebus porque a energia elétrica é muito cara. "Com a tarifa atual, é mais lucrativo para as empresas manter a frota a diesel, que polui bem mais." Outra providência considerada fundamental pela prefeitura é a de intensificar as "operações sucatas", que retiram carros velhos e sem manutenção das ruas.(DF) Texto Anterior: SP quer restringir carros de 7h30 às 19h30 Próximo Texto: Empréstimo dependerá de 'garantia ambiental' Índice |
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