São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 1995 |
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"Baleias" também fazem parte do roteiro
CLÓVIS ROSSI
São as "baleias" (especificamente China e Índia). É a designação que se dá aos países de grande tamanho, por isso complexos, e que serve de contraponto aos "tigres", pequenos e ágeis países do Sudeste asiático. O Brasil tem outras coincidências com esses países: os três estão tentando ou implementando reformas para reduzir o papel do Estado como empresário. No caso da China, um aspecto tem relação com a viagem aos EUA: a questão espacial. O projeto brasileiro é transformar a base de Alcântara (MA) em um grande centro internacional de lançamento de satélites. A China poderia ser um parceiro importante, porque também tem um programa espacial. Além dos aspectos práticos, as viagens carregam, inevitavelmente, algum simbolismo. O principal exemplo é a viagem à África do Sul, descrita pelo embaixador designado para Genebra, Celso Lafer, como "um capítulo de luz em um mundo cheio de trevas". Ele se refere ao fato de que o continente africano é palco de um sem-fim de conflitos internos sangrentos. Mas a África do Sul, após uma longa história de conflitos raciais, está fazendo uma transição pacífica para a democracia. As demais viagens (ver quadro) servirão, acima de tudo, para reafirmar a prioridade geográfica da diplomacia brasileira: a América do Sul e, dentro dela, o Mercosul (Mercado Comum do Sul). (Clóvis Rossi) Texto Anterior: Viagens buscam tornar o país interlocutor mundial Próximo Texto: O MUNDO DE FHC Índice |
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