São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 1995 |
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Condenada por omitir ter Aids é presa por fazer sexo com lavrador
AURELIANO BIANCARELLI
Depois de condenada pelo juiz Emílio Gimenez Filho, de Paraguaçu Paulista (510 km a oeste de São Paulo), Selma desapareceu. Ontem, foi presa em Cafelândia (433 km a noroeste de São Paulo). As duas cidades ficam 170 km distantes uma da outra. O delegado Marcelo César Muniz, que lavrou a prisão em flagrante, disse que Selma foi presa por acaso. Segundo ele, o lavrador D., 40, procurou a delegacia dizendo que estava sendo ameaçado por uma mulher com quem tinha mantido relações sexuais. Ao delegado, Selma disse que estava na cidade em casa de parentes. Ela negou que fosse prostituta e disse que se limitou a "atos libidinosos" com o lavrador. Em seu depoimento, D. afirmou que manteve relações com Selma, que ela não o avisou que estava com o vírus, nem pediu a ele que usasse camisinha. "Estou prendendo-a em flagrante com base no mesmo artigo 131 que usou o juiz de Paraguaçu para condená-la", disse o delegado. O artigo do Código Penal prevê pena de um a quatro anos para quem pratica ato sexual "com fim de transmitir a outros moléstia grave". Segundo César Muniz, Selma será mantida na cadeia até que o juiz da cidade decida sobre seu caso, na segunda-feira. Texto Anterior: Líderes vão para prisão de segurança máxima Próximo Texto: Deputados acionam Justiça federal para investigar 'depósito de corpos' Índice |
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