São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 1995
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Menem tenta se desvincular de repressão

SÔNIA MOSSRI
DE BUENOS AIRES

O presidente argentino, Carlos Menem, esforçou-se ontem para se desvincular da repressão policial a trabalhadores grevistas na Província da Terra do Fogo (sul), temendo efeitos negativos na sua campanha a um segundo mandato nas eleições de maio.
"Se houve excessos, serão severamente punidos", disse Menem. Ele fez questão de afirmar que o seu governo "não teve absolutamente nada a ver" com os choques entre policiais e trabalhadores ocorridos quarta-feira em Ushuaia, capital da Província.
Os conflitos entre policiais e metalúrgicos, que protestam contra o fechamento de fábricas de produtos eletrônicos, provocaram a morte de um trabalhador, identificado como Víctor Choque.
O ministro do Interior, Carlos Corach, também disse que a responsabilidade pela segurança na Terra do Fogo é do governador, José Estabillo.
"Estamos num Estado Federativo e o Poder Executivo não tem ingerência na segurança interna das Províncias", afirmou.
A União de Trabalhadores Metalúrgicos da Terra do Fogo obteve apoio de outras entidades sindicais para uma paralisação geral. Os trabalhadores dizem que só negociarão após a renúncia de Estabillo.

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