São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995 |
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Médicos da PM são acusados de homicídio
MARCELO GODOY
Eles são acusados de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pois o MPE entendeu que o soldado morreu por causa de erros no tratamento médico. É o primeiro caso em que médicos da PM são acusados de homicídio. Sá Filho havia sido internado em março de 93 com pancreatite (inflação do pâncreas) aguda. Após a internação, seu estado piorou. Ele morreu três dias depois por causa de uma parada respiratória e uma hemorragia no abdômen. Segundo acusação do promotor Luiz Roque Lombardo Barbosa, corregedor do TJM (Tribunal de Justiça Militar), os réus não deram tratamento e atenção adequados. Os réus negaram a acusação em seus depoimentos no IPM (Inquérito Policial Militar) (leia abaixo). Segundo a denúncia, Sá Filho deveria ter sido submetido a uma cirurgia de emergência após os exames no abdômen. Isso porque ele suava, tinha falta de ar, pressão baixa, febre e dor abdominal. Os exames que, segundo o promotor, poderiam ter mostrado a gravidade do estado de saúde do soldado não foram feitos por "problemas de agenda" do HPM. O último médico a atendê-lo, o tenente Renato Duffles Martins, teria passado aos enfermeiros a medicação por telefone. "Receitou Diazepan, Amplimicil e Dolantina (que inibe a respiração), remédio que causou estranheza aos enfermeiros, pois o paciente estava com falta de ar", disse a denúncia. Texto Anterior: Operado em 94 passa bem Próximo Texto: Denunciados não se pronunciam Índice |
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