São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 1995 |
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Emerson tem vitória em Nazareth a 2 voltas do fim
MAURO TAGLIAFERRI
Foi a primeira vitória de um piloto do Brasil na temporada e a 22ª na carreira de Fittipaldi desde que ingressou na categoria norte-americana, em 1984. O lance decisivo da prova de ontem aconteceu na 198ª volta, quando o norte-americano Eddie Cheever, líder naquele momento, ficou sem combustível. "Eu não tinha a menor dúvida de que o carro possuía combustível. O computador indicava isso. Precisamos checar o que houve", disse Cheever. Assim, Emerson, que vinha em segundo -e pressionado pelo canadense Jacques Villeneuve-, assumiu a ponta a duas voltas para o final da corrida. "O mundo dá voltas. Em Phoenix, eu perdi a corrida da mesma forma que eu ganhei hoje (ontem)", comentou Emerson. Na prova de Phoenix, a terceira da temporada, foi Emerson quem perdeu a liderança, a seis voltas do final, porque teve de parar para reabastecer. A vitória do brasileiro representou dupla festa para a equipe de Roger Penske. Primeiro, porque foi a segunda vez consecutiva no ano que um carro do time chega na frente (Al Unser Jr. venceu em Long Beach). Depois, porque a equipe ganhou "em casa" -a pista de Nazareth pertence a Roger Penske. "Este é o circuito de meu patrão, Tinha que ganhar", brincou Emerson. "Isso tudo dá motivação para o time, especialmente agora que vamos para Indianápolis", acrescentou ele, referindo-se às 500 Milhas de Indianápolis, próxima etapa da Indy 95 (no dia 28 de maio). Fora Emerson, Raul Boesel foi o brasileiro melhor colocado ontem, na décima posição. Ele teve o pneu traseiro esquerdo furado após ser tocado por Emerson Fittipaldi na volta 146. "Perdemos tempo por causa disso", disse Boesel. Logo atrás dele, na 11ª colocação, chegou André Ribeiro, que completou sua primeira prova num oval em sua carreira na Indy. Maurício Gugelmin teve problemas com o acerto de seu carro e desperdiçou a chance de chegar à ponta do campeonato. Ele chegou a rodar na pista, mas evitou uma colisão. Terminou em 17º e manteve seus 38 pontos. Marco Greco foi o 21º, mas chegou 21 voltas atrás do líder. Os outros dois brasileiros não completaram a corrida. Christian Fittipaldi, que liderou a prova entre as voltas 117 e 152, teve problemas elétricos. E Gil de Ferran protagonizou a batida mais forte do dia, na volta 185, mas nada sofreu (leia texto nesta página). Texto Anterior: Piloto é tema de livro no Reino Unido Próximo Texto: Americano Pruett ainda lidera Índice |
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