São Paulo, segunda-feira, 1 de maio de 1995
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Esquema recorde controla jogo de 'alto risco'

MARCUS FERNANDES; MARCELO DAMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS E DO ENVIADO ESPECIAL

A PM (Polícia Militar) montou um esquema de segurança especial com 360 policiais para tentar evitar violência na partida entre Santos e Corinthians, disputada ontem na Vila Belmiro, em Santos.
Foi a maior operação policial no estádio. A quantidade normal de policiais é de 80 por jogo.
A partida era considerada de ``alto risco" pela PM porque o estádio (capacidade para 25 mil pessoas), é pequeno para acomodar as torcidas de dois times grandes.
Até as 18h30, apenas uma ocorrência havia sido registrada no 1º Distrito Policial de Santos, envolvendo um homem e um segurança do clube santista. A PM não divulgou os nomes dos envolvidos.
As torcidas organizadas do Corinthians só chegaram ao estádio minutos antes da partida.
A razão foi a ação da polícia, que montou um bloqueio na via Anchieta para que todos os ônibus com torcidas descessem em comboio. Estes só chegaram a Santos às 16h50.
Na entrada da cidade, houve um novo bloqueio. Cerca de cem policiais revistaram todos os ônibus. Segundo a PM, a revista demorou 40 minutos.
Não foram encontradas bombas caseiras, nem outro tipo de arma. A PM só apreendeu alguns mastros de bandeira.
Com isso, a maioria dos torcedores corintianos só chegou ao estádio 12 minutos antes do jogo.
As torcidas entraram uma a uma. A Gaviões da Fiel só se posicionou quando o Santos já estava em campo.
Com a entrada da Gaviões, o espaço da torcida corintiana lotou. Aí, cerca de 1.000 torcedores, segundo a PM, invadiram uma área vazia do estádio, que ficava entre as duas torcidas.
(MF e MD)

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