São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995
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F-1 despreza homenagem a Senna

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A IMOLA

Cerca de 500 pessoas participaram ontem de uma missa em Imola, na Itália, em memória a um ano da morte de Ayrton Senna.
Nenhum piloto ou dirigente da F-1 compareceu ao local. Apenas alguns membros de equipes e de entidades ligadas à categoria, para prestar suas homenagens pessoais.
A cerimônia começou às 14h30 (9h30 em Brasília), horário próximo ao do acidente sofrido pelo piloto brasileiro neste mesmo dia, no ano passado, durante o GP de San Marino de F-1.
A missa foi realizada atrás do muro da curva Tamburello, onde Senna se chocou a bordo de seu Williams e que se transformou em local de culto para os seus fãs.
No altar, que dispunha de uma bandeira do Brasil em sua face frontal, estava Amedeo Zuffo, o padre que havia dado a extrema-unção a Senna em 94.
``Não estou aqui por vontade própria, mas sim para cumprir um desejo de um grupo de admiradores de Senna, que desejavam prestar-lhe uma homenagem simples", disse o celebrante durante o sermão, justificando o formato modesto da cerimônia.
Zuffo recordou também que ``outro ser humano" havia morrido há um ano.
Referia-se a Roland Ratzenberger, piloto austríaco que também morreu em Imola no ano passado. O seu local de morte foi ornado por duas coroas de flores.
O público da missa de Senna era formado por admiradores e torcedores, jornalistas e pessoas envolvidas com o automobilismo, vindos tanto de Imola, quanto de outros pontos do país.
Havia também brasileiros, que moram na Itália ou que estavam no país a turismo. O movimento no circuito Enzo e Dino Ferrari foi intenso durante todo o dia.

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