São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995 |
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Menores fogem no 1º dia de greve na Febem
VICTOR AGOSTINHO
A fuga aconteceu na unidade Encosta Norte, em São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo). Por volta das 12h30, dois adolescentes simularam uma briga que se alastrou pela unidade, que mantém internados 40 menores com idades entre 14 e 16 anos. Depois de quebrarem vidros e atirarem pedras nos carros dos funcionários, os rapazes escalaram uma grade. Dos 12 que conseguiram escapar, quatro foram recapturados até o começo da noite. Segundo o presidente da Febem, Décio Moreira, os adolescentes que ficam na Encosta Norte cometeram ``crimes graves, como assassinatos, assaltos a mão armada e estupros". Durante uma assembléia que começou às 16h, em frente ao Quadrilátero Tatuapé da Febem (como é conhecida a principal unidade da instituição), o presidente do sindicato dos funcionários, Aparecido de Santana Souza, disse que ``as fugas e rebeliões vão acontecer se continuar a greve". Segundo Souza, os menores sabem que o sistema de segurança está fragilizado. ``Faltam funcionários e até papel higiênico. Nossas reivindicações são trabalhistas e também para a melhoria do atendimento. Mas é claro que a fuga é consequência da greve", disse Souza. O presidente da Febem desvinculou fuga e paralisação: ``Fuga acontece sempre. Não foi por causa da greve". Duzentos funcionários decidiram em assembléia manter a greve hoje. Esta é a quarta paralisação na Febem desde 1987. A mais longa, a de 1989, durou quatro dias. Texto Anterior: Morre 4ª vítima de atropelamento em SP Próximo Texto: Ainda há 5 em cativeiros no RJ Índice |
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