São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Servidores de hospital cogitam greve de fome
DA REPORTAGEM LOCAL Cinco servidores do Hospital das Clínicas de São Paulo podem entrar em greve de fome a partir de hoje se o governo do Estado não apresentar propostas que possam levar a um acordo com a categoria. ``É o recurso que estamos discutindo", disse Estênio Machado, presidente da Associação dos Servidores do HC.A greve dos funcionários estaduais da Saúde entra hoje no seu 24º dia sem perspectiva de acordo. Ontem à noite, representantes dos servidores e da Secretaria da Saúde fizeram nova reunião. A secretaria adiantou que não tinha novas propostas a apresentar. Às 10h da manhã de hoje, os servidores fazem outra assembléia geral. Segundo o Sindsaúde -sindicato que reúne a categoria-, cerca de 60% dos 74 mil funcionários estão parados. A secretaria afirma que 10% estão em greve. As duas partes afirmam que os casos de emergência e os pacientes internados estão sendo atendidos normalmente. No entanto, a procura pelos hospitais em greve vem caindo. O que significa que o atendimento poderá demorar semanas ou meses para se normalizar. No HC, por exemplo, o atendimento no ambulatório central caiu em mais de 50%. Ali eram consultadas cerca de 5.000 pessoas por dia. Nas áreas de laboratório e análise, dos mil atendimentos por dia, apenas cem estão sendo feitos. Segundo a direção do HC, a procura pelo hospital caiu em cerca de 30% em todas as áreas depois do início da greve. No Emílio Ribas, onde todo o ambulatório está parado, cerca de 200 consultas por dia estão deixando de ser feitas. Entre os hospitais afetados pela greve estão dois infantis, o que vem sobrecarregando os prontos-socorros das Santas Casas e hospitais municipais. Texto Anterior: Sobe para 15 o número de mortos em naufrágio Próximo Texto: Motorista embriagado mata 2 garotos em SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |