São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995 |
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Pacote anticonsumo faz dólar cair 1,1%
LUIZ ANTONIO CINTRA
A queda da cotação do dólar comercial -de acordo com analistas do mercado- é reflexo das medidas divulgadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O CMN permitiu aos bancos aumentarem em 50% o volume de dólares para venda. Com isso, aumenta a oferta de moeda norte-americana no mercado financeiro, o que pressiona as cotações para baixo. O saldo cambial -incluindo as transações comerciais e as financeiras- fechou o mês de abril negativo em US$ 258,8 milhões. O saldo comercial no mês ficou positivo em US$ 431,5 milhões, enquanto as saídas financeiras superaram as entradas em US$ 690,3 milhões. Os juros pagos pelos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) para grandes aplicações ficaram ontem em média em 66,5% ao ano, rendimento bruto de 4,34% ao mês. Na sexta-feira, o mercado estimava que a taxa média dos CDBs seria de 66,36% ao ano para as aplicações realizadas ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com 38.615 pontos -alta de 1,25%-, com volume de negócios de R$ 210,1 milhões. O mercado à vista movimentou R$ 179 milhões. O mercado acionário paulista operou a maior parte do dia de ontem em baixa. Segundo operadores, isso ocorreu por causa da maior oferta de ações de investidores que querem realizar lucros, depois da alta ocorrida a partir da segunda quinzena de abril. O índice Senn da Bolsa de Valores carioca fechou em alta de 2,2%. O volume negociado foi de R$ 22,1 milhões. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,1760%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,69% ao mês, com rendimento de 4,26% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,72% ao mês, com rendimento de 4,28% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 4,2005%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 39% e 67% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: 14,5% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 7,07% ao mês, com rendimento de 5,31% no mês. Para 30 dias (capital de giro): de 84% a 150% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,31%. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 1,25%, fechando com 38.615 pontos e volume financeiro de R$ 210,1 milhões. Rio: alta de 2,2%, encerrando a 18.135 pontos e movimentando R$ 22,1 milhões. Bolsas no exterior Londres: o índice Financial Times fechou a 2.469,10 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 17.088,66 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,907 (compra) e R$ 0,908 (venda). Segundo o Banco Central, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,912 (compra) e por R$ 0,914 (venda). ``Black": R$ 0,893 (compra) e R$ 0,908 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,902 (compra) e R$ 0,913 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,875 (compra) e R$ 0,915 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda de 0,71%, fechando a R$ 11,23 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês de abril foi positivo em US$ 431,5 milhões. As saídas financeiras superaram as entradas de dólares em US$ 690,3 milhões. O saldo total ficou negativo em US$ 258,8 milhões. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,6125. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3755 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 83,74 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 389,10. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou a 4,39% no mês e para junho a 4,55% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 40.800 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para junho fechou a R$ 0,931 e a R$ 0,956 para julho. Texto Anterior: Aluguel inicial sobe 9% em abril na cidade de SP Próximo Texto: Pró-labore pago entre 89 e 91 é ilegal Índice |
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