São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995
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Atores lutam no espaço em novo 'Wing Commander'

FREDERICO LEON ARRABAL
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O ano é 2669. A guerra entre a Confederação da Terra e o Império Kilrathi, que soma 35 anos e bilhões de mortos, chegou a um impasse: ou os tigres, ou os homens. Quem dominará a galáxia?
Com o esperado lançamento do jogo ``Wing Commander 3 - Heart of The Tiger", os fãs da série podem participar dessa luta. Cerca de 50 missões que desafiam a habilidade do jogador.
No papel do coronel Cristopher Blair, um piloto da confederação, cabe ao jogador decidir o destino do conflito.
O jogo para micros PC vem em quatro CD-ROM e traz mais de três horas de sequências filmadas com atores reais.
Aparecem Mark Hamil (``Guerra nas Estrelas"), Malcolm McDowell (``Jornada nas Estrelas 7"), Tom Wilson (``De Volta para o Futuro").
Os diálogos são todos digitalizados. Apesar de haver a opção de legendar, é bom estar com o inglês afiado, pois as personagens abusam das gírias e, algumas vezes, falam rápido demais.
O início do jogo não é muito animador. A namorada de Blair foi capturada pelo inimigo.
A nave Concordia, onde o último jogo da série se desenvolveu, foi destruída e o jogador é mandado para uma nave de segunda categoria, a Victory.
Lá, Blair reencontra Hobbes, um Kilrathi renegado que luta pela causa humana, e Maniac, um piloto arrogante e violento. Conforme as batalhas vão sendo vencidas, a situação melhora.
Se derrotado em uma ou outra missão, além da bronca de seu chefe, Blair vê a situação estratégica da humanidade se deteriorar.
Assim, de acordo com o desempenho de Blair, o desfecho do jogo pode ser bombardear o coração do império inimigo ou defender a Terra desesperadamente.
Isso significa que ``Wing Commander 3" pode ser jogado várias vezes sem se repetir.
Diferente dos dois primeiros jogos, é você quem está no comando. Portanto, tem o direito de escolher sua nave e seu armamento, entre outras opções. As batalhas também mudaram. Agora, todas as naves são digitalizadas, há mais possibilidades táticas, como igualar sua velocidade à do inimigo e distribuir a energia de sua nave pelos sistemas de escudo, motores e armamento.

Filme interativo
A equipe da Origin, que produziu o jogo, chama o produto de filme interativo devido ao realismo dos gráficos, às sequências filmadas e ao próprio desenrolar da trama, que é decidido conforme o jogador interage com as personagens e de acordo com seu sucesso em cada missão. Essa forma de entretenimento ficou possível por causa da grande capacidade do CD-ROM, que pode gravar dados, sons e imagens.
Além da diversão que a história proporciona, é emocionante controlar o destino do enredo.
A Origin captou com perfeição o que a tecnologia multimídia tem a oferecer: participação do usuário (interação) em todos os sentidos.
É o jogador quem está no comando: escolhe a língua (inglês, francês ou alemão), define preferências de som e vídeo e decide o destino das personagens. Mais que simples jogos ou filmes, filmes interativos são uma nova filosofia do mercado de entretenimento.

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