São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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Peça marca teatro dos anos 90

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Angels in America - Uma Fantasia Gay sobre Temas Nacionais", de Tony Kusnher, 37, é um painel da sociedade norte-americana e um dos textos teatrais de maior repercussão nos anos 90.
A primeira parte, ``O Milênio se Aproxima", recebeu o Pulitzer de melhor peça em 1993 e vários outros prêmios teatrais.
A peça gira em torno de Roy Cohn (personagem real que morreu de Aids), de um casal heterossexual e outro homossexual.
Rodrigo Santiago interpreta Cohn, um advogado judeu e homossexual que é anticomunista, homofóbico e anti-semita.
``Traumas terríveis devem ter acontecido para que um homem que é judeu e homossexual tivesse tanto ódio de judeus e gays. É um personagem riquíssimo", diz Santiago.
Cohn interfere na vida do casal heterossexual, interpretado por Ney Piacentini e Lúcia Romano. Protege e assedia o rapaz, que é mórmon, obcecado por Ronald Reagan e homossexual enrustido.
Cássio Scapin e João Vitti vivem o casal homossexual, abalado ao saber que um deles (Prior, o personagem de Vitti) tem Aids.
A peça tem sido um sucesso internacional. Está em cartaz ou em produção em 17 países.
Depois de ``Angels", Kushner estreou, em curta temporada na Broadway, sua nova peça, ``Slavs", com Marisa Tomei no elenco.
Agora, ele escreve o roteiro da versão cinematográfica de ``Angels in America", que será dirigida por Robert Altman.(PAS)

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