São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995
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Estudantes dizem que prática era tradição

DA REPORTAGEM LOCAL

Tem mau-gosto para tudo. Alguns estudantes que entraram na faculdade de medicina da PUC de Sorocaba depois de 93 (quando o trote foi definitivamente proibido na faculdade) dizem sentir falta da ``brincadeira".
``Era legal porque os alunos se entrosavam com os veteranos e aprendiam as tradições da faculdade", diz Luciano de Souza, 20, um calouro que, mesmo com a cabeça definitivamente raspada, diz que sentiu falta de emoções no seu trote.
A veterana de Luciano Melissa Mascheretti, aluna do segundo ano, que também não levou trote, concorda. ``Por não ter tido trote a minha turma ficou isolada, só fui conhecer o pessoal agora. Acho uma bobagem acabarem com o trote.", diz.
Mas vale a pena até ser sujo de óleo? ``É só uma brincadeira, acho que não ficaria chateada", diz a menina.
Roberto Ambar, 20, que levou trote na turma de 93, é outro defensor das ``brincadeiras".``Foi participando do trote que eu consegui montar uma república com seis pessoas."
Seu companheiro de casa Alexandre Millet explica a técnica. ``A gente fica fazendo plano para escapar de veterano e acaba ficando amigo", diz.

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