São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995 |
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Não iniciados confundem jogo com violência
JMM KAZI
Como os jogos normalmente têm lutas no seu decorrer, não é de se espantar que os jogadores acabem se entusiasmando e haja gritos e gestos mais bruscos. Mas algumas pessoas se convenceram de que os jogos podem prejudicar seus filhos. Nos Estados Unidos, o RPG apareceu em 1974, data da publicação do primeiro suplemento de regras de Dungeons & Dragons (dragões e masmorras). Em 1979, Dallas Egbert, um garoto prodígio de 16 anos, desapareceu. Ele se perdeu nos túneis do sistema de aquecimento com sua espada de brinquedo. A polícia colocou a culpa no D&D: o RPG o teria deixado louco. Outros suicídios e assassinatos foram relacionados aos RPGs, mas nenhuma prova concreta foi apresentada. Em 1988, surgiu a CAR-PGa (uma associação pró-RPG), que tentou descobrir o que tornava os jogos inseguros. A conclusão foi de que nenhum caso tinha sido realmente causado por RPGs. Os processos contra fabricantes de jogos não chegaram a ser julgados, por falta de provas. Outros casos continuam aparecendo. Recentemente, dois jovens se mataram na Espanha e acusou-se o RPG. Mas a conclusão a que chegaram os que se propuseram a estudar o assunto foi a mesma: o RPG é tão nocivo quanto qualquer outra atividade recreativa. Um desequilibrado pode cometer um crime porque seu personagem é um guerreiro ou porque a sopa estava fria demais. Texto Anterior: Encontro internacional de RPG começa na sexta no Ibirapuera Próximo Texto: Festival de filmes-relâmpago abre inscrições e aceita até crianças Índice |
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